Entenda tudo sobre Low Code

Você quer estar no patamar ao lado de grandes empresas? Quer utilizar a transformação digital como uma vantagem competitiva do seu negócio? Está precisando melhorar os resultados e fazer a sua empresa crescer usando soluções de low code? Tem dúvidas sobre quando não usar? Então esse texto é para você!

Hoje vamos aprofundar no que é No Code e Low Code, mas para você ficar por dentro dessa nova era da transformação digital, não esqueça de conferir todos os nossos conteúdos!

O que é No Code e Low Code?

Se você está meio perdido com todos esses termos, muita calma nessa hora, vamos definir esses conceitos agora. Low Code em tradução literal seria “baixo código”, a tradução literal não ajuda, fica melhor se interpretarmos como “pouco código”. Já o significado de No Code seria “sem código nenhum”. Ou seja, os dois conceitos estão relacionados com a possibilidade de desenvolver sistemas usando pouco código (Low Code), ou nenhuma linha de código (No Code). Mas isso é possível? Sim, é possível, e vamos esclarecer os prós e contras das tecnologias…

A História do No Code e Low Code

Voltando um pouco no tempo, quando comecei a programar o objetivo sempre era criar rotinas para automatizar tarefas realizava com frequência, e reaproveitava o código. Isso facilitava minha vida. Então, para fazer um novo código, usava parte do anterior e fazia algumas adaptações. O conceito de Low Code está relacionado à essa prática. Imagine que existam diversas rotinas prontas, algoritmos, procedimentos, funções que fazem tarefas específicas que você precisa e estão disponíveis para uso. Quando você usa esses códigos prontos, e faz pequenos ajustes através de poucas linhas de código, você está trabalhando com o conceito de Low Code. Para ter uma ideia através de exemplos de plataformas que usam esse conceito, você pode consultar a brasileira Cronapp, também pode consultar a Outsystems e a Mendix. Esse artigo fornece mais detalhes que podem ajudar. 

No exemplo que passei de minha experiencia pessoal, eu aproveitava o meu próprio código. Atualmente, com a internet, o github, entre outros repositórios, existem muitos trechos de código prontinhos para usar. Também existem os ambientes integrados de desenvolvimento (IDEs, do inglês Integrated Development Environment), que permitem você arrastar diversas caixinhas para fazer determinadas funções, e escrever poucas linhas de código.

Um detalhe que vale a pena comentar, é que quando você usa algo que um terceiro desenvolveu, dependendo da complexidade do código, você corre o risco de não entender algum detalhe e estar trazendo para a sua empresa um código que pode ocasionar problemas de segurança, gerar algum risco operacional, ou até mesmo estar fazendo algum cálculo/procedimento de forma incorreta. É preciso ficar atento, e um double-check é sempre bem-vindo.

Já o No Code é mais radical, você pode criar um fluxo de tarefas, não escrever nenhuma linha de código, e ter um sistema pronto. As empresas que oferecem esse tipo de plataforma para desenvolvimento, muitas vezes usam frases desse tipo para atrair os clientes: “Seja eficiente. Crie seu sistema sem conhecimento técnico.”, ou “Desenvolva com pouco esforço e muita qualidade.”, entre outras frases marqueteiras. Tentador, não? Um exemplo de plataforma No Code é a pipefy (criada em 2015 em Curitiba, hoje tem sede em São Francisco e é uma referência no setor). A frase que eles utilizam é: “Processos de trabalho automatizados sem escrever uma linha de código.” 

Como diria minha avó, “quando a esmola é demais, o santo desconfia…”. Ambos os conceitos têm como trunfo a possibilidade de desenvolver um sistema de forma rápida, com uma equipe que não tem um conhecimento técnico profundo. Muitas vezes no começo de um negócio, de uma startup, esse trunfo faz a diferença e permite alavancar as atividades no curto prazo.

Vantagens e desvantagens do No Code e Low Code

Mas como tudo na vida tem seu bônus e seu ônus, se por um lado você ganha em rapidez no início, por outro temos alguns ônus dessa opção. Quando você escolhe módulos que estão prontos, sua possibilidade de customização diminui, principalmente se você não está disposto a escrever linhas de código. Imagine numa Black Friday, que você precisa fazer ajustes pois suas vendas cresceram mais do que o esperado (que delícia!!!), e está engessado pois desenvolveu em uma plataforma No Code? Seria uma tragédia, e chamamos esse tipo de situação de um problema de escalabilidade do sistema. Outro problema que você pode ter, refere-se à integração entre diferentes sistemas Low Code/No Code. Você pode pensar que os códigos prontos desses conceitos, são como peças de um quebra-cabeça. Você já conseguiu colocar uma peça de um quebra-cabeça, em um outro quebra-cabeça? Tarefa difícil, não é? Em geral não vai sair uma coisa muito boa, mesmo que a peça encaixe com a ajuda de um martelo… rsrsrs… É mais ou menos esse tipo de problema que você pode ter com possíveis integrações futuras.

Mencionamos integração, escalabilidade, e existem outros fatores, como segurança. Uma invasão a um sistema Low/No Code, pode permitir que todos os módulos envolvidos sejam afetados. E por ser pouco customizável, pode ser mais difícil adaptar uma solução de cyber segurança. Para quem estiver interessado, esse artigo discute mais a fundo alguns prós e contras das tecnologias. 

Quando devo recorrer a No Code ou Low Code?

As decisões sobre o planejamento de sua empresa vão influenciar na sua escolha, sobre qual é a melhor forma de desenvolver o seu sistema. Com relação ao tempo, existem 3 principais visões: de curto, médio e longo prazo. E essas visões coexistem. Dependendo do seu negócio, expectativa de retorno de investimento, expectativas dos stakeholders, diferentes estratégias podem ser endereçadas em diferentes momentos. Cada caso, é um caso…

Não dá para ser mais específico? Dá sim! Se a sua empresa for centrada em tecnologia, note bem o trecho “CENTRADA EM TECNOLOGIA”, o Low Code ou o No Code pode não ser uma boa ideia. Essencialmente você poderá ficar refém de uma outra empresa que fornece a tecnologia para o desenvolvimento da sua plataforma, e isso não é bom a médio/longo prazo. A sensação de entrega de resultados de forma rápida, poderá trazer uma satisfação a curto prazo, mas depois a “conta chega”. Desenvolver um sistema dentro da própria empresa é um desafio. Você vai precisar de uma equipe multidisciplinar, com desenvolvedores de front-end, pessoal de back-end, engenheiros de software, cientistas de dados, analistas, time de suporte, comercial, etc… Mas calma, você não constrói isso do dia para a noite, são meses de trabalho contínuo, dando um passo de cada vez. Talvez a solução mais prudente, para um empreendedor que quer resultados imediatos, mas solidez no futuro, seja usar soluções Low Code/No Code no início, mas paralelamente trabalhar em sua solução High Code (termo usado quando escrevemos sistemas com muitas linhas de código). Existem casos de sucesso em todas as situações. Qual vai ser o seu caso de sucesso? Bons negócios e até a próxima.